Tá, admito, pago um pau danado pro Orange Goblin. Por quê? Simplesmente pelo fato da banda ser foda demais. Pode soar babaca de minha parte, mas isso já me basta. Aliando Black Sabbath, Trouble, Mountain e passando até mesmo por Pink Floyd, os ingleses antigamente conhecidos como Our Haunted Kingdom foram descobertos por nada mais nada menos que Lee Dorian, do Cathedral. Até agora, a banda lançou cinco álbuns, sendo o último, Thieving From The House Of God, de 2004. Tá, tá, não vou me enrolar demais. Aos discos, por favor?
Frequencies From Planet Ten (1997)
Só me vem coisa à cabeça quando escuto o primeiro álbum do Orange Goblin: Black Sabbath. Tudo bem, eu sei que a banda tem outras fontes além de seu próprio estilo, mas é impossível não ouvir músicas como "The Astral Project" e "Saruman's Wish" (Tolkien, uhn?) sem lembrar de Iommi. A banda ainda passa por ótimas músicas como "Aquatic Fanatic" (o primeiro lançamento pelo selo de Dorian, em um split com o Electric Wizard), "Orange Goblin" e a psicodelia de quase dez minutos de "Star Shaped Cloud".
Tracklist: The Astral Project / Magic Carpet / Saruman's Wish / Song of the Purple Mushroom Fish / Aquatic Fanatic / Lothlorian / Land of Secret Dreams / Orange Goblin / Star Shaped Cloud
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Time Travielling Blues (1998)
No seu segundo disco, o Orange Goblin já começa a colocar mais identidade ao som, mostrando o que talvez seja uma das marcas da banda, a mistura na mesma faixa de climas diferentes, alternando entre riffs pesados e outros bem tranquilos. Um bom exeplo disso é "Shine", que começa totalmente viajada e termina numa parede de peso. E quando falamos de peso com o Orange Goblin, falamos de Trouble / Black Sabbath. "Snail Hook" cheira - sem brincadeira - Sabbath do começo ao fim, com Ben Ward cantando sobre lagos de vinho, a Rainha do Horizonte, e como cavalgar cogumelos e colocar fogo na Lua enquanto perseguimos os planetas. Precisa mais?
Tracklist: Blue Snow / Solarisphere / Shine / The Man Who Invented Time / Diesel (Phunt) / Snail Hook / Nuclear Guru / Lunarville 7, Airlock 3 / Time Travelling Blues
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The Big Black (2000)
Ah, esse é especial. O primeiro disco que ouvi do Goblin é talvez (eu disse TALVEZ) o que eu mais goste. Ainda tenho minhas dúvidas, mas isso não vem ao caso. Em "Scorpionica" e "298 Kg", duas das melhores músicas da banda, o bom e velho Black Sabbath impera. Mas não pensem que esse disco vai muito longe assim. The Big Black já começa a mostrar um caminho um pouco diferente, com a banda flertando com riffs mais, er, "atuais", mas ainda utilizando (ainda que em menor proporção) das já conhecidas viagens (escute calmamente os riffs iniciais de "Cozmo Bozo") lotadas de referências a planetas distantes, nebulas e coisas desse naipe. Participação especial do ex-Spiritual Beggars Spice em "Turbo Effalunt (Elephant)".
Tracklist: Scorpionica / Quincy the Pigboy / Hot Magic, Red Planet / Cozmo Bozo / 298 Kg / Turbo Effalunt (Elephant) / King of the Hornets / You'll Never Get to the Moon in That / Alcofuel / The Big Black
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Coup de Grace (2002)
Não chega a ser um 'divisor de águas', mas percebe-se uma certa mudança no som do Orange Goblin, principalmente se formos compara-lo diretamente com o primeiro lançamento da banda. Mais cru, pesado e direto, Coup de Grace já pouco possui das conhecidas viagens "interplanetárias" da banda. Não me entendam mal, Coup de Grace é um ótimo disco, mas pode vir a não agradar tanto quanto os antigos trabalhos da banda. O disco foi produzido pelo ex-Kyuss Scott Reeder e conta ainda com John Garcia dividindo os vocais com Ben Ward em duas músicas ("Made of Rats" e "Jesus Beater"), além de um cover para "We Bite", do Misfits.
Tracklist: Your World Will Hate This / Monkey Panic / Rage of Angels / Made of Rats / Whiskey Leech / Getting High On The Bad Times / Graviton / Red Web / Born With Big Hands / Jesus Beater / We Bite / Stinkin' O Gin
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Thieving from the House of God (2004)
Ao ouvir os primeiros acordes de "Some You Win, Some You Lose", percebe-se que o Goblin sentiu falta do antigo feeling. Tudo bem, o som praticamente não mudou com relação a Coupe de Grace, mas vá lá, "Black Egg" (destaque para a linda voz feminina não-creditada que acompanha Ward) nada se parece com o "atual" Orange Goblin. Agora com apenas um guitarrista (Pete O'Malley não faz mais parte da banda), a banda faz uma versão para "Just Got Paid", do ZZ Top, abusa da velocidade na mistura punk / metal de "Tosh Lines" e ainda cai de boca (ui) em Trouble e Electric Wizard com "Crown Of Locusts". Ótimo disco!
Tracklist: Some You Win, Some You Lose / One Room, One Axe, One Outcome / Hard Luck / Black Egg / You're Not The One (Who Can Save Rock n Roll) / If It Ain't Broke, Breake It / Lazy Mary / Round Up The Horses / Tosh Lines / Just Got Paid / Crown Of Locusts / White Night Cyanide
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"Astroqueen’s music can be described as heavy, fuzzy, downtuned, spaced-out rock! With influences from bands such as early Black Sabbath, Iron Maiden, Kyuss and Soundgarden."
